Enquanto a maioria dos fabricantes automotivos da Europa está ocupada planejando seu futuro sem motores a gasolina e diesel, a Renault aparentemente decidiu dar um passo para trás - ou, talvez, para a direita - e continuar desenvolvendo esses motores. 


Embora possa parecer um movimento corajoso, não se sabe se a empresa terá o mesmo sucesso que seus concorrentes ao lidar com as novas leis de emissões de poluentes. Talvez a Renault esteja apenas dando uma piscadela astuta para aqueles que ainda preferem o cheiro de gasolina em seus carros.


A Renault está planejando sua estratégia de forma astuta, reconhecendo que nem todos os países do mundo terão a infraestrutura necessária para abandonar os combustíveis fósseis de uma só vez. 


Enquanto outras montadoras se preparam para um futuro sem motores a combustão, a Renault está mantendo um pé na gasolina e outro no pedal do acelerador. Com seu plano "Em direção a 2030", a empresa está focando em diferentes mercados e se adaptando às suas necessidades. 


Parece que a Renault está planejando dar uma volta ao mundo, enquanto as outras montadoras estão se preparando para a próxima corrida de Fórmula E.


A Renault está sinalizando o mundo automotivo com sua nova estratégia, anunciando a transição completa da Alpine para veículos elétricos. Enquanto a marca esportiva está entrando na corrida elétrica, a nova marca Ampere está assumindo a liderança na tecnologia elétrica e softwares. 


E para aqueles que pensam que a Renault parou por aí, a empresa também criou a Mobilize para gerenciar serviços financeiros em novas formas de mobilidade e energia. Parece que a Renault não está apenas trocando de marcha, mas também trocando de carro.


A Renault está se preparando para um futuro movido a parcerias, com a criação de joint-ventures em parceria com a chinesa Geely e a gigante petrolífera Aramco. Enquanto a empresa francesa busca agregar mais valor aos seus produtos e aumentar a lucratividade na Europa, parece que a Renault está expandindo sua visão para além das fronteiras. 


Com a Geely, a Renault tem a oportunidade de trabalhar ao lado de marcas icônicas como Volvo, Smart e Lotus, enquanto a parceria com a Aramco traz a promessa de um futuro movido a petróleo - pelo menos por enquanto. Parece que a Renault está construindo sua própria rede global de autoestradas.


“Esta parceria com a Aramco vai elevar nossa empresa conjunta de motores a outro patamar. A entrada da Aramco traz à mesa um know-how único que vai ajudar a desenvolver inovações de ruptura nas áreas de combustíveis sintéticos e hidrogênio”. Afirmou Luca de Meo, CEO do Grupo Renault.


Durante uma entrevista para o portal CarsGuide, Glen Sealey, chefe da divisão australiana da Renault, afirmou que, especialmente fora da Europa, os motores de ignição ainda são fiéis.